Estamos a viver, no que concerne ao futuro da UE, um daqueles momentos em que não só poucos são os dirigentes políticos capazes de aguentar a pressão, como começam a faltar os comentadores que cumpram o seu dever de lucidez, por respeito por si mesmos
O confinamento deixa marcas, nos corpos e nas mentes. Por isso é tão importante manter a cabeça lúcida e a narrativa coerente. Não uma coerência com os preconceitos e os dogmas do umbigo. Precisamos sim de uma coerência com o mundo exterior, com os factos
It will never not be worth reiterating. Few sensible things may be said regarding the future. Not even with all the computational power in the world would we be safe from error, for reality is infinitely more complex than our ability to represent it. However,
Nunca é demais repeti-lo. Sobre o futuro não é sensato dizermos muitas coisas. Nem com todo o poder computacional do mundo estaríamos isentos de erro, pois a realidade é infinitamente mais complexa do que a nossa capacidade de a representar. Mas temos o passado. Como
Dentro da tempestade é difícil perceber os limites do que pode ser dito e escrito, sem cair na fífia ou no disparate. Há contudo, um tema absolutamente incontornável, que esteve sempre latente e agora ganha uma evidência ensurdecedora: o que vai acontecer a essa instituição
The margin for error is now zero. The choice lies between the pains of a new birth of civilisation or the unforgivable acceptance of humankind’s suicide. André Barata, Renato Miguel do Carmo, Luísa Schmidt, Maria Filomena Molder, Viriato Soremenho-Marques. 6 April 2020 Europe’s choices The
Na altura em que escrevo já são mais de dois mil milhões, os seres humanos que se encontram sob um qualquer regime de confinamento obrigatório face ao novo coronavírus. Mesmo assim, em cada minuto aumentam os infectados e os mortos. Até em nossas casas estamos
Ainda nem sequer estamos no fim do princípio, para glosar a declaração de Churchill após a vitória sobre Rommel em El Alamein (1942). A ignorância sobrepuja sem medida o que julgamos saber. Por isso usamos analogias pouco rigorosas. Estamos em guerra contra o Covid-19? A
O ainda incalculável preço físico, moral e económico da crise global causada pela expansão da pandemia do Covid-19 terá sido em vão se aceitarmos as duas teses que muitos governos começam a enunciar na sua gestão da resposta: 1) esta crise é externa, como se
A OMS anunciou o óbvio. A Europa transformou-se hoje na maior ameaça sanitária mundial. O que nos está a acontecer com a progressão exponencial de Covid-19 na Europa, e a partir dela para África, só deve permitir-nos palavras que tenham passado o filtro da meditação